A Polícia Civil concluiu o inquérito que apurou as circunstâncias do incêndio que atingiu a estudante Annelise Lopes Andrade, de 17 anos. Em novembro de 2021, a adolescente teve 60% do corpo queimado durante uma aula de química, em um colégio do Bairro Jundiaí, em Anápolis. De acordo com a delegada Kênia Dutra Segantini, o coordenador pedagógico da instituição poderá responder pelo crime de abandono de incapaz (ouça a entrevista na íntegra).

A delegada titular da Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA), disse à Rádio São Francisco FM que mesmo fora do período de aula, os estudantes estavam sob a responsabilidade do coordenador da instituição.

Annelise Lopes ficou vários dias hospitalizada em Goiânia, mas atualmente ela se recupera em casa.

Ouça a entrevista concedida ao jornalista Jonathan Cavalcante:

“É possível indicar que o profissional incorreu no crime de abandono de incapaz. Nesse caso, com resultado grave, tendo em vista as lesões corporais que a adolescente sofreu. Esse inquérito é encaminhado ao Poder Judiciário e o Ministério Público pode entender por confirmar o indiciamento ou verificar que não existem elementos suficientes e até arquivar o inquérito policial”, explicou a delegada.

Foto: arquivo pessoal

Aluno que teve a ideia do experimento poderá ser responsabilizado

“O estudante despejou o etanol sobre o vasilhame, em quantidade excessiva, desencadeando as chamas. Encaminhamos a cópia do inquérito à Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (DEPAI), a fim de que seja apurada a sua conduta, ato infracional possivelmente análogo ao crime de incêndio culposo com aumento de pena por resultar em lesão corporal”, finalizou a delegada.

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